quarta-feira, 12 de agosto de 2009

qualquer hora, qualquer lugar

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Ela saia novamente do trabalho, já era tarde, mas não se encomodava com isso, sempre gostou do silêncio da noite. E hoje, não estava chovendo! O céu era limpo, mas uma brisa fria ainda a fazia vestir seu longo casaco vermelho. Ela respirou fundo e começou seu caminho para casa se despedindo de seus amigos. O dia havia sido extremamente cansativo e muito estranho na verdade. Ela trabalhava mais não parecia realmente estar ali. Ela sempre havia sido muito criticada por todo o seu apego as pessoas, sendo que isto na profissão de cirurgiã era um grande erro. Mas ela teria que se tornar alguem insensivel para se dar bem? Bom, não, ela não faria isso. As vezes o sofrimento nos faz sentir que estamos vivos. Se tudo fosse um mar de rosas, nunca aprenderiamos nada. Nunca aprenderiamos o valor de algo, ou alguém. Não era agradavel ter dificuldades quando queremos algo, mas no fim, acaba valendo a pena. Ela continou andando e mais a frente entrou na familiar rua e avistou a casa de Jack. Com isso, acabou se lembrando do dia do bilete em que havia jogado por debaixo de sua porta. A lembrança a fez rir, e como tudo aquilo que ela estava pensando fazia sentido se fosse ligado a Jack. Era alguém que ela queria que pudesse ficar perto, mas as circunstancias não facilitavam, talvez, como uma brincadeira do destino para aproxima-los mais. Ela passou vagarosamente pela casa, rindo e lembrando do acontecido e de como ela adorava aquela pessoa. Quando já havia passado por toda a frente da casa, ela percebe uma janela aberta. - Mas é um loiro mesmo... janela aberta.. tcs. – Rindo Izzie olha para a janela por um momento com as mãos no bolso... e acabou lembrando-se de um episodio que aconteceu hoje no hospital. Seu rosto perdeu o sorriso, e ficou sério, talvez sereno. Ficou um longo momento ali, e até perdeu um pouco a noção do tempo. Mas acabou achando que deveria fazer uma coisa, e resolveu que iria fazer agora. Ela subiu na pequena varanda, indo na direção da janela aberta. Olhou para dentro e viu que a casa estava silenciosa, e entrou, pulando e fechando a janela atras dela. Automaticamente o calor de dentro do ambiente a inundou e ela tirou seu casaco, deixando em cima do sofá mais proximo. Assim, ela revelou uma tipica roupa de pessoas que trabalham demais e nao tem tempo para nada, uma simples blusa branca e calça jeans, com seus cabelos loiros caindo em volta. Ela andou pelo aposento, pensando que Jack provavelmente já estaria dormindo. Ela deveria acorda-lo? Ou esperar ele acordar? Acabou se sentando um pouco no sofá. Apenas um abajur estava ligado, o que dava um ar de calma ao local, que transparecia tanto com ele. Ela observou tudo a sua volta, sorrindo silenciosamente, talvez fosse loucura tudo o que ela andava pensando. Embora, ela nunca foi do tipo de ‘deixar levar’, não, ela acreditava que se ela realmente queria, podia fazer acontecer. Talvez sua profissão exigisse isso. Ela tinha que fazer acontecer as coisas, com suas proprias mãos. Ultimamente ela passava tantas horas naquele hospital, que tinha se esquecido um pouco dela mesma, e queria recuperar isto. Mas estava aguniada, não queria esperar até de manhã para ve-lo, então começou a andar pela casa, e acabou subindo as escadas. No corredor ela andou devagar, sem fazer barulho, observando as coisas ao seu redor. Suas mãos deslisava pelas paredes enquando ela passava. Avistou a frente um enorme espelho, e parou em frente a ele. Se viu por um momento, passando as mãos pelo cabelos, mas acabou percebendo mais a frente uma porta entreaberta, onde saia uma brecha de luz, onde observou por um momento, indo em direção a porta, olhando para dentro, com curiosidade e viu que a pequena luz era a de um abajur. Com uma das mãos ela empurrou a porta, liberando sua visão para o que viu ser o quarto de Jack. Ela o viu dormindo calmamente com um livro ao seu lado. Ele estava deitado de lado em um dos lados da cama. A porta que saia para a pequena varanda estava com as cortinas balançando muito, e entrava um vento muito frio. Izzie foi até ela, e sentiu o vento vagarosamente, observando a noite, e se perguntando o que Jack diria se ele soubesse que ela literalmente, invadiu a sua casa. Rindo do próprio pensamento, ela fechou a porta e sua cortina. Deu a volta na cama, e sentou ao chão, ao lado da cama em que Jack estava, e ficou o observando por um tempo. Depois se virou encostando as costas na cama, ficando assim de costas pra ele, apoiando seus braços nos joelhos... após um tempo, começou a pensar alto, acho que nem sequer percebeu. - Hm, se eu gosto de estar com você? Eh claro que sim.. você é engraçado, você me faz rir, as vezes me deixa sem saber o que fazer, ou pensar... sai correndo sem se despedir... mas não é dificil gostar de você, e isso é realmente muito perigoso... - ela para por um momento, quando o vê se mexer por uns instantes, logo ele parece voltar ao sono. Ela falva baixo, e lentamente, quase um sussuro - Realmente perigoso demais... as vezes você deixa uma coisa nascer, sem perceber, e são estas coisas, as que vem no nada, que fazem com que a gente perca o chão. - Izzie suspira, e analisa o quanto doida ela deve ser, por estar ali e estar falando tudo isso ainda. - Igual a hoje.. um Alex veio descaradamente dar em cima de mim, se eu ti contasse você iria rir muitoo... - Ela riu por um momento - Mas aí, eu vi que eu realmente gostava dele sabe? E achava ele lekal e tudo mais... mais eu simplismente fiquei sem reação. - suspira um momento. - Eu não queria que ele tivesse feito aquilo, e eu me pergunto por que , que naquela hora, eu estava pensando em você. - Ela para por um momento, e começa a mecher nas proprias mãos.. - Eu me dei conta disso quando eu parei aqui na frente da sua casa, foi quando eu me perguntei.. ‘porque eu estava pensando nele, num momento daquele? ‘ estava pensando se iria ve-lo hoje ainda.. o que teria isso haver se Alex, estava literalmente se declarando?... A não ser que fosse mais importante pensar nisso. Se a sua presença fosse mais importante... não sei, talvez isso seja... - Ela literalmente estava encarando isso como uma conversa, mas tinha noção dele estar dormindo, não era estranho? Ela não devia estar muito bem, devia ser muito trabalho. Só podia. Mas de uma coisa ela tinha certeza.. - Talvez isso possa significar, que eu não queira mais ficar longe de você. - Ela acabou suspirando e ficando em silêncio, era tão dificil explicar.. mas nem se dá conta de que Jake, havia acordado e ouvido tudo o que ela havia dito e a estava olhando.


terça-feira, 11 de agosto de 2009

Confesso

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Ela parou em frente a minha porta, seus cabelos molhados da chuva, sua expressão indecifravel, sua respiração rápida, seus olhos suplicantes. Eu fiquei em silêncio esperando. Ela não abaixou os olhos um minuto, me encarava como se se certificasse de algo. Com alguma relutância começou a falar, e sua voz era baixa, e calma.

- Eu sou tão insconstante que as vezes isso me irrita, fica até banal. Mas quando eu quero algo realmente, a coisa muda. Quando me decido, a coisa muda. Não imponho nada a ninguém, apenas sinto. Não vou roubar ninguém, apenas quero notificar. Sei que se não dizer vou me arrepeder, então, por favor não leve a mal, mas eu sou apaixonada por você. Não direi que foi a primeira vista, não direi que a primeira vez que conversei com você, já senti.. não. Mas certas coisas nós acabamos percenbendo. Coisas como, porque eu sempre quero conversar com vc, porque eu sempre espero por vc, por que eu fuço suas coisas, porque sempre quando não estou com você a horas parecem monotonas, porque as quatro da manha quem eu sinta falta seja você, porque as horas voam quando você está perto. Não peço nada em troca, sei que não podera provavelmente me retribuir, sei que não deve sentir o mesmo. Mas não se preocupe, não estrarei neste assunto novamente, e continuarei a ser a mesma pessoa, acredite, eu consigo fazer isso. Talvez eu o ame, porque não posso ter. Não lhe daria sussego, eu sei disso, eu não deixaria você em paz. quem sabe não desse certo, não somos tão iguais. Quem sabe meu horario não bata com o seu. Quem sabe você encontre alguém mais interessante, quem sabe eu encontre. Quem sabe eu faça você se apaixonar por mim, e depois descubra que vc não é aquilo que eu quero. As pessoas erram. Erram demais. Mas quem sabe essa pessoa que está aqui na sua frente seja o amor da sua vida. Quem sab você nunca será tão feliz com que foi com qualquer pessoa como será comigo. Eu não sei. Eu não conheço o futuro, eu não posso prometer a você. Mas agora, aqui, o que eu mais quero, o que eu respiro, é tudo que vem de você.

Eu ouvi tudo, mas nada dali foi algo que eu não desconfiasse. Mas ouvir ela dizer, foi a melhor sensação que eu já tive. Continuei encarando aquela moça, enquanto ela dava meia volta e ia embora. Eu sabia que talvez não poderia retribui-la, ou poderia? Quem sabe.

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