domingo, 6 de setembro de 2009

Is anyone going anywhere?

[Sophie
Seus profundos olhos azuis estavam muito longe. O sol brilhava em seus longos cabelos loiros. Ela andava segurando seu vestido. Caminhava devagar. O campo era aberto. Seu chão coberto, ora por flores, ora por grama.. e existia várias arvores a frente. Ela se direcionava para elas, seu lugar preferido. Seu rosto suave, sua pele branca, um tanto serena, sem expressão. Ela não entendia o que sentia. Naquela época, regras sempre se sobressaiam. Seu destino era completamente traçado, sem a sua permissão. Antes mesmo de nascerem. Alguns acomodados gostavam disso... mas os sonhadores? ... Ah, nem queira saber. Ao chegar onde as arvores estavam, ela se jogou, sentando-se no chão. Seu vestido se abriu a sua volta, e ela levou uma de suas mãos ao peito, fechando os olhos. Sua repiração ficou mais acelerada, pois não conseguia respirar direito, pois seu espartilho, como sempre, apertava-lhe. Ora, até isto eles controlam, pensou. Ela simplismente não aguentava mais.. estava em seus 19 anos. Logo, deveria casar-se com quem mais iria ser conviniente para os negocios de seu pai, viraria ua m dona de casa, mandando em fazendas, sozinha, pois o marido estaria por ai a resolver negocios em outros lugares. Uma vida solitária. Ela preferiria qualquer coisa, menos isso. Suspirando profundamente, ela abaixou os olhos, e virou olhando as arvores, e suas folhas secas. Era outono. Quando seu olhar caiu do topo das arvores, para sua frente, e ela viu uma figura surgir, dentro das arvores.

[Nathan
Quando todo um império é deixado em suas mãos, você não tem escolha. Você faz, o que tem que ser feito. Você não olha para os lados, para saber se tem outra escolha. Você não vai querer decepcionar todos aqueles, que sempre, colocaram toda a confiança em você. Nathan andava silenciosamente, sua farda branca e azul marinho, reluziam com as pequenas faixas de sol, que saiam de entre as arvores. Ele andava vagamente, sem saber pra onde ir. Amanha seria tomada uma decisão, e a sua vida iria mudar completamente. Mas como sempre, ele não tinha escolha. Seu rosto se ergueu um pouco e ele avistou uma moça, sentada a beira de uma arvore. Ele ficou instigado, pois ela parecia tão longe. Ele se aproximou devagar, mas ela acabou percebendo sua presença. Seus olhos se encontraram por um momento, e os dela se abaixaram. Ele continou se aproximando em silêncio, enquanto ela mexia em suas proprias mãos, um pouco frustrada. Mantendo um pouco a distancia, ele se dirigiu a ela.
- Boa tarde, minha senhora. - e assim, fez uma pequena reverencia. Ela retribuiu, abaixando os olhos e voltando a olha-lo.
- Boa tarde, meu senhor. - ela disse, mas ainda parecia longe.
- Espero não importuna-la com a minha presença.
- Não, senhor... sinta-se a vontade. Mas devo lhe alertar que não serei uma boa compania neste dia.
- Ora, e porque não? Em um lindo dia como este...
Ela apenas continuou em silêncio e ele se aproximou um pouco mais..


[/continua...